Militante do combate ao racismo, ambientalista, servidora pública, escritora, Isabel Góes Cupertino atua para fortalecer a construção de um País mais igualitário, sua história é marcada pela luta por ideais coletivos. Participante de um coletivo da criação do livro História das Pretas, é coordenadora do MNU (Movimento Negro Unificado), participou da implantação do Parque das Aguas e atualmente gerencia o CEVAE Coqueiros. Além disso é responsável pelo Centro Espírita Pai Joaquim da Praia Vermelha, que fica localizado no bairro Flávio Marques Lisboa
Além disso, Isabel é referência em Plantas do Sagrado e recebeu várias homenagens e participação em programas de TV, como Planeta Minas, Brasil das Gerais e Terra de Minas. Atualmente é integrante do Instituto Cayapiá, onde participa da edição número 7, como a principal personagem da edição “Velosinho e Joaquim e as Plantas do Cerrado”.
Nascida no Morro do Papagaio, região Centro-Sul de Belo Horizonte, Isabel Góes Cupertino teve uma primeira infância maravilhosa, cheia de surpresas e alegrias. Estudou na Escola Estadual José Carlos Guaraná Menezes. Lá aprendeu a ler com Sueli, sua primeira professora que ela nunca esquece. “Não percebi práticas de racismo nos anos iniciais, porém com o passar dos anos foi percetível, quando escolhiam os alunos para determinados papéis importantes. Para nos negras e negros sempre destacavam coisas menores, ou nenhuma”, diz.
Iniciou o Ensino Médio numa escola do Morro do Papagaio e concluiu quando mudou-se para o Barreiro. Fez o curso de Pedagogia na Faculdade Integrada Soares e em seguida fez Pós Graduação na Fundação Getúlio Vargas. Se casou, mas preferiu se separar depois que descobriu que estava num relacionamento abusivo. Ama seus sobrinhos. “Eles são muito apegados a mim, eu os-eduquei para saber enfrentar o racismo, ensinei sobre a importância de estudar e qualificar para a vida”, finaliza.